sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Maioria silenciosa.

Bertolt Brecht foi poeta e dramaturgo. Não sei ao certo se ele nasceu na Alemanha (se não me engana o espírito, foi na Polônia), mas vivia lá, no tempo do nazismo.

Detalhe: era descendente de judeu. Outro detalhe: era comunista.

Imagine ser judeu e comunista, ao mesmo tempo, na Alemanha do Führer.

Lembrei-me dele ao assistir um documentário sobre o ano de 1968. O ano de 68 foi marcado por revoltas, revoluções, protestos, etc, aqui no Brasil e no mundo.

No Brasil foi o ano do AI-5. Na Tchecoslováquia, ocorreu a primavera de Praga (movimento que tentou tornar o comunismo mais humano); nos Estados Unidos, havia o movimento pelos direitos civis (princialmente por parte dos negros) e os protestos contra a Guerra do Vietnã... Em síntese, o mundo estava em polvorosa.

Ah... Ainda teve o assassinato de Martin Luther King, que foi um dos que comandaram a luta dos negros norte-americanos contra todo segregacionismo.

Mas, voltando, no documentário foi mencionada a frase de Richard Nixon, que era o presidente dos USA, na época e que viria, em 1973, perder o cargo, por meio de impeachment, por causa das escutas irregulares feitas no partido da oposição, o Partido Democrata, no caso que ficou conhecido como Wattergate.

Então, a propósito de tantos protestos nos USA, Nixon proferiu a seguinte frase, como que demonstrando um desprezo (é com "z" mesmo? hehe) em relação àqueles que protestavam contra a guerra e em favor dos direitos civis dos negros; disse que a "maioria silenciosa" estava com ele, ou seja, que os que protestavam faziam muito barulho, mas era uma minoria; uma minoria barulhenta, mas que não tinha poder suficiente pra abalar o governo dele.

Essa "maioria silenciosa", no dizer de Nixon, era formada pelos "não-pobres", "não-negros", "não-manifestantes".

Lembrei-me dessa poesia de Bertolt Brecht, que teve que fugir da Alemanha, para não morrer e ele nos mostra como o mal se propaga, em meio ao silêncio, quando a "maioria silenciosa" permanece calada.

A primeira frase dela diz que "Primeiro levaram os negros...". Quem levou? Os nazistas levaram os negros... Bem, segue a poesia.



Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário (comunista)

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Thunder Road.

Havia uns dois anos, acho, que não escutava esta canção, que amo. A força e a melodia dela são demais.

Hoje, quando estava no restaurante almoçando, ela tocou; eu parei pra ficar ouvindo... Linda!

A versão melhor que achei dela foi com a tradução em espanhol; a interpretação do Bruce Springsteen está perfeita, embora não seja com os arranjos originais, mas tá valendo!

Trouxe-me maravilhosas lembranças!

;)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Perhaps Love

Embora a tradução tenha dois erros,
a música, mesmo assim, é perfeita demais!!!

E para você o que ele é?

Fiz-me essa pergunta e respondi com três palavras: abnegação com satisfação.


:*